sexta-feira, 3 de julho de 2009

Novidades sobre caso de Galileu no Arquivo Secreto Vaticano

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 2 de julho de 2009 - Uma nova edição sobre as investigações do processo realizado com Galileu Galilei (1611-1741) foi apresentada nesta manhã em um briefing oferecido na Sala de Imprensa da Santa Sé.
O novo volume intitula-se I ducomenti vaticani del processo di Galileo Galilei (“Os documentos vaticanos do processo de Galileu Galilei”).
A edição esteve a cargo do prefeito do Arquivo Secreto Vaticano, Dom Sergio Pagano.
O livro inclui uma ampla introdução de 208 páginas, uma das novidades com relação à edição anterior, publicada em 1984.
A publicação se dá no contexto da celebração do Ano da Astronomia, declarado pela Unesco para celebrar os 400 anos do descobrimento do telescópio.
Dom Pagano parte da análise da mais recente e acreditada bibliografia que fala do caso de Galileu.
A antiga edição deste livro antecedia os pronunciamentos realizados pelo Papa João Paulo II, quando concluíram os trabalhos da comissão para analisar o caso de Galileu, entre 1981 e 1992.
Longe de apresentar novas hipóteses interpretativas sobre o caso de Galileu, o autor pretende oferecer ao leitor novos elementos que permitam compreender os documentos do processo.
Durante a apresentação do livro, Dom Pagano compartilhou com os jornalistas sua reflexão pessoal sobre o juízo e a condenação de Galileu.
“O caso de Galileu ensina a ciência a não se considerar professora da Igreja em matéria de fé e de Sagradas Escrituras”, declarou. E, ao mesmo tempo, ensina a Igreja a abordar os problemas científicos – também os relacionados com a mais moderna pesquisa sobre as células estaminais, por exemplo – com muita humildade e circunspecção”, acrescentou.
Dom Pagano recordou igualmente a situação na qual Galileu morreu. “Morreu como católico e penitente – disse. Depois de ter escutado a sentença, Galileu disse: ‘Peço duas coisas: crer em minha reta fé e na fé de católico’.”
Este novo livro apresenta alguns documentos que foram descobertos após a abertura dos arquivos da Congregação para a Doutrina da Fé. Também novos materiais bibliográficos que vão da denúncia até a condenação. Igualmente, inclui textos e documentos da Congregação do Santo Ofício, do Arquivo Secreto e da Biblioteca Apostólica Vaticana. Segundo Dom Pagano, todos os documentos foram relidos sobre os originais do Arquivo Vaticano, da Congregação para a Doutrina da Fé e da Biblioteca Vaticana.
Fonte: Zenit.org

Exposição França: uma festa brasileira

No próximo dia 7, às 18h, no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, a "Exposição França: uma festa brasileira", entra em pauta. A mostra, que tem curadoria da historiadora Claudia Heynemann, tem o título inspirado no livro "Une fête brésilienne, célébrée à Rouen en 1550", de Jean Ferdinand Denis, publicado apenas em 1850. O romance narra a "festa brasileira" celebrada em Rouen, no ano de 1550, em homenagem ao reis Henrique II da França e Catarina de Médicis, reunindo os soberanos franceses e índios tupinambás.

Lá serão exibidos imagens fotográficas, plantas e imagens retiradas de livros raros, narrando a influência francesa na vida cultural brasileira, desde o século XVI até os dias atuais, destacando-se o livro História de uma Viagem Feita na Terra do Brasil, escrito em latim, de Jean de Léry, de 1586, e Resumo da História do Brasil, de Jean Ferdinand Denis, de 1825.

Até o dia 28 de Agosto, o Arquivo Nacional vai exibir uma parte da história do Brasil, vista pelo prisma da influência francesa, abordando os 220 anos da Queda da Bastilha e da Inconfidência Mineira, os 120 anos da Proclamação da República, que foi inspirada em grande parte na filosofia positivista de Auguste Comte, e os 170 anos da invenção do daguerreótipo. Lá, estarão 163 imagens distribuídas por quatro módulos: A biblioteca francesa; A fotografia francesa; Rio de Janeiro, a capital francesa e Século XX. A exposição, que se insere na programação do Ano da França no Brasil, encerra-se com as manifestações de estudantes brasileiros em 1968, que se alinharam à rebeldia dos jovens parisienses no mesmo ano.

Exposição: Exposição França: uma festa brasileira

Local: Arquivo Nacional; Praça da República, 173; Centro - Rio de Janeiro

Tel: 2179-1273

Horário: de segunda a sexta, das 9h às 18h

Fonte: SRZD Cultura

terça-feira, 30 de junho de 2009

Lula diz que boa parte dos arquivos da ditadura inexistem

SÃO PAULO - Ao ser perguntado nesta terça-feira por que o governo não libera os arquivos da ditadura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que boa parte deles não existe.
- Toda vez que vamos procurar os arquivos, esses arquivos inexistem, ou boa parte deles. Tudo o que o governo teve acesso e pode ser liberado está no Arquivo Nacional. O Jobim (ministro da Defesa, Nelson Jobim) está constituindo uma comissão para investigação no Araguaia, onde se supõe que tenham corpos. Há uma divergência entre o Jobim e o Vanucchi (secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi) sobre a participação dos familiares, mas vou sentar com eles - disse Lula, comentando ainda declarações feitas por um dos chefes militares que atuaram contra a guerrilha do Araguaia, Sebastião Curió, de que o Exército tinha campos para executar guerrilheiros.
Segundo Lula, o ministro Nelson Jobim está constituindo uma comissão para nova investigação na região do Araguaia. Lula admitiu divergências em relação ao tema entre Jobim e Vanucchi, mas garantiu que sentará com eles, na semana que vem, para traçar um plano sobre a forma como os familiares de desaparecidos políticos poderão participar do processo investigativo.
- Se ele (Curió) começou a falar, devemos levar a sério, ver o que é verdade e o que não é verdade, pois não podemos ficar atrás do chutômetro. De qualquer forma, vamos fazer um chamamento para as pessoas que podem contribuir - disse Lula, em entrevista à Rádio Capital nesta terça.
- Uma mãe que tem um filho desaparecido só vai se conformar que o filho morreu, quando e onde, ao enterrar o filho. Temos que fazer isso de forma muito consciente. De forma correta para que o Brasil tenha sua historia verdadeiramente contada.
Fonte: Enara.org, extraído de O Globo Online em 23/06/2009

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Curso de Treinamento em Arquivos Eclesisásticos

O professor Luiz Rogério Nogueira, especialista em arquivos eclesiásticos, manifestou interesse em promover aqui em Brasília, um treinamento com ênfase no tratamento nesse tipo de arquivo. Para nós que somos da área, é de grande interesse a participação neste evento, pois como bem sabemos, a Igreja era a instituição que realizava os serviços burocráticos no lugar do Estado, a até 200 anos atrás. Portanto, seus arquivos permanentes estão ricos em informação dos mais variados tipos, tornando-os de muita importância.
A proposta do professor é de que o curso seja de 8 horas, com direito a certificado, e aplicado preferencialmente nos dias 14 ou 21 de julho. Para que possa se realizar, é necessário a presença de, no mínimo, 50 pessoas.
Então peço a quem estiver interessado o favor de entrar em contato conosco, aqui do blog.
Caso queiram, podem conferir aqui os trabalhos desse profissional que, aliás, é bastante renomado e recomendado!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mendes: mais profissões devem ser desregulamentadas

("Para a classe arquivística refletir e ficar atenta")

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse hoje, em São Paulo, que a decisão de derrubar a exigência de diploma de jornalista, tomada pela Corte esta semana, deverá criar um "modelo de desregulamentação das profissões que não exigem aporte científico e treinamento específico. "A decisão vai suscitar debate sobre a desregulamentação de outras profissões. O tribunal vai ser coerente e dirá que essas profissões podem ser exercidas sem o diploma." Há, segundo o ministro, vários projetos sobre o tema no Congresso, que, se chegarem ao STF, terão a mesma interpretação dada à questão do diploma de jornalismo.
"A regulamentação, se for o caso, será considerada inconstitucional" , afirmou o presidente do STF. Mendes esclareceu que, a partir de agora, o registro de jornalista no Ministério do Trabalho "perdeu o sentido", assim como todos os outros aspectos que regulamentavam a profissão. "O registro não tem nenhuma força jurídica." O ministro também disse "não ser viável juridicamente" a elaboração de uma nova lei pelo Congresso exigindo diploma, como sugeriu o ministro das Comunicações, Hélio Costa.

segunda-feira, 15 de junho de 2009



Texto de Luciana Duranti que aborda as principais características dos documentos contemporâneos e como conciliar os conceitos arquivísticos e a teoria arquivística com essa nova demanda. Nós recomendamos!!!

Registros documentais contemporâneos como provas de ação

| Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa - 2009 |

Com o objetivo de difundir seu valioso acervo, o Arquivo Nacional promove bienalmente, em âmbito nacional, seu concurso de monografias. A premiação consiste na publicação e divulgação dos três melhores trabalhos apresentados.No último Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 2007, os trabalhos selecionados foram: "A história do feiticeiro Juca Rosa: cultura e relações sociais no Rio de Janeiro", de Gabriela dos Reis Sampaio; "As diversas formas de ser índio: políticas indígenas e políticas indigenistas no extremo sul da América portuguesa" de Elisa Frühauf Garcia; "Os guardados da Viscondessa: família, riqueza e representação social no Brasil oitocentista (1840-1889).", de Mariana de Aguiar Ferreira Muaze.